Pequenos negócios criaram quase o dobro de vagas a mais que as médias e grandes empresas

Mesmo na crise, micro e pequenas empresas comprovam capacidade maior de recuperação e geração de empregos

Entre julho e outubro desse ano, as micro e pequenas empresas criaram 714,3 mil postos de trabalho em todo o Brasil. Esse número é quase duas vezes maior que o total de empregos gerados pelas empresas de médio e grande porte que, no mesmo período, abriram 364,8 mil vagas. Os dados constam em levantamento feito pelo Sebrae, com informações do Novo Caged do Ministério da Economia, que compila o encerramento e a abertura de vagas em todos o país.

“Esses números comprovam a tese que há muito defendida pelo Sebrae. As pequenas empresas contratam mais na expansão. Por isso é tão importante que desenvolvamos políticas de fomento e crédito para esse segmento vital à economia do nosso país. Elas precisam disso para continuar desempenhando seu importante papel”, ressaltou o presidente do Sebrae, Carlos Melles

O estudo realizado pelo Sebrae constata, ainda, que entre os meses de março e junho, atipicamente, os pequenos negócios foram os que mais desempregaram na crise econômica provocada pela pandemia, com um saldo de cerca de um milhão de postos de trabalho encerrados, contra 606 mil nas médias e grandes. Apesar disso, a recuperação do setor foi igualmente mais rápida.

No acumulado deste ano, até outubro, as MPE registraram saldo negativo de geração de emprego de 26 mil, quase dez vezes menor que o saldo negativo apresentado pelas médias e grandes empresas, que está em -215,3 mil. O presidente do Sebrae ressalta que, entre julho e outubro, os pequenos negócios voltaram a puxar a geração de empregos no país. “Com o retorno gradual da atividade econômica, as micro e pequenas empresas voltaram a ser a  locomotiva da nossa economia, implementando um ritmo de contratação bem mais forte do que as de maior porte”, pontuou Carlos Melles.

O levantamento ainda aponta dados por setor e regiões. Uma curiosidade identificada é que dois estados da região Norte se destacaram na geração de empregos. Roraima foi o que ocupou a primeira posição no ranking de outubro e no do acumulado do ano com 81,12 – considerando o “saldo por 1.000 empregados”. Pará ficou em segundo lugar, tendo gerado 63,21 vagas a cada mil empregados. São Paulo aparece na posição 24 no ranking, com um saldo negativo de 13,45. A Unidade da Federação com pior desempenho foi o Rio de Janeiro, com 41,96 negativos.

Quando analisados os setores da atividade econômica, no acumulado de janeiro a outubro deste ano, as micro e pequenas empresas da Construção Civil foram as que mais empregaram, registrando um saldo de 137,1 mil novas vagas; seguidas pela Agropecuária, com 29,7 mil postos. Já o Comércio e Serviços ainda acumulam neste ano saldos negativos de – respectivamente – 154,3 mil e 65,7 mil empregos.

Por Agência Sebrae de Notícias

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